quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Aborígine "mudeeeeerrrno" - Ser "planejante"



Um dos momentos marcantes de 2007 foi o trabalho com a Jo que me impulsionou a criar o blog. Assim que a vivência e aprendizado do Fórum de Aracajú começaram a assentar na cachola coloquei algumas idéias sobre “viver não é preciso” e terminei com um “to be continued” para falar justamente de valores. Não escrevi antes porque primeiro precisava testar alguns conceitos pessoalmente de forma mais audaz, segundo porque faltava compreender melhor a questão do valor verdadeiro individual.

Nesse meio tempo, avaliei meus valores, reafirmei alguns, abandonei outros e reformulei minha lista. O realinhamento das ações, valores e pensamentos é um processo em andamento... e não tem sido fácil. Mudar para São Paulo, começar um novo negócio e vivenciar situações completamente novas provocaram um grande furacão minha vida. Mas ao mesmo tempo reafirmaram o poder de um planejamento simples de vida que nos permite enxergar no futuro que queremos. Agora que realmente moro em Sampa e que a Century 21 é uma realidade posso descrever em detalhe o processo.

Pensamos, sentimos e fazemos coisas todos os dias e muitas vezes nem atentamos para a íntima ligação entre essas rotinas em nossas vidas e nossos valores.

O que pensamos e sentimos algumas vezes não está alinhado com o que falamos e fazemos e por isso nem tudo sai do jeito que pretendemos.

O processo lógico do cérebro consiste em organizar idéias, levantar as vantagens e desvantagens, considerar algo e ter uma opinião ou preocupação.

Muito do que sentimos e vivenciamos emocionalmente está ligado ao alinhamento de valores, sentimentos e ações que podem nos trazer satisfação ou descontentamento.

A aceitação de quem realmente somos por parte das pessoas que amamos ou interagimos é baseada numa análise feita de nossos atos e palavras.

Consistência entre no que pensamos, sentimos e fazemos é que revelará ao mundo nossas verdadeiras intenções.

E quais são nossas intenções?

Em que baseamos nossos pensamentos, sentimentos, ações e palavras?

Como sabemos no que pensar, sentir ou fazer?

De que maneira podemos nos portar como pessoas completas e consistentes?

Acredito que planejamento pessoal é apenas uma ferramenta para clarear nosso caminho e deve ser primariamente fundado em crenças e valores.

Definir essas crenças e valores torna o planejamento um pouco mais trabalhoso, já que envolve um processo de auto análise sobre aspectos de nossa vida que muitas vezes não paramos para pensar.

Quando falo de valores me refiro aos conceitos, princípios e padrões que guiam nossas decisões e ações. Eles devem ser de livre escolha e não impostos por família, sociedade ou cultura. Devem ser duradouros e não apenas conveniência momentânea. Não temos vergonha deles e falamos para as pessoas quais são nossos valores. E finalmente, praticamos nossos valores constantemente. Mas cabe lembrar que valores não precisam ser imutáveis, podem transcender, serem modificados ou abandonados a medida que vamos vivenciando-os.

Uma vez definidos nossos valores individuais, podemos olhar quem somos no presente, como agimos e como nos sentimos, para então, verificar se esses valores estão alinhados com quem somos, como agimos e como nos sentimos.

Caso percebamos algo que não está alinhado, com certeza encontraremos um ponto de conflito. Então, modificar a nossa maneira de agir e pensar, ou, modificar o valor em questão certamente resolverá o conflito.

Meus atos condizem com meus valores? Quais ações violam meus valores?

Perguntas simples que ajudam a ver o cerne de muitas questões e dilemas ligados ao planejamento pessoal.

É muito comum detectar olhares de “eureka!” nos participantes dos workshops quando colocamos as indagações acima em foco.

Quando escrevi sobre os passinhos básicos da dança da metafísica e o acreditar plenamente no que merecemos, me referi a segunda fase do planejamento pessoal que é justamente definir onde queremos chegar e como estaremos quando chegarmos lá.

A tão falada lei da atração só funciona para a crença profunda no que merecemos.

O que realmente acreditamos merecer está diretamente relacionado com o que cremos serem nossos valores.

Se alguém considera “vida saudável” como um valor pessoal, mas fuma e bebe desenfreadamente e não toma atitudes para parar, não pode esperar muito de um planejamento para um futuro com saúde e disposição, muito menos uma aposentadoria como atleta Máster de natação em eventos pelo mundo. Não há lei da atração que possa dar jeito nisso.

Se não ajo consistentemente alinhado com um valor, é realmente um valor?

Se não ajo consistentemente de forma alinhada, mudo o valor ou a maneira de agir?

O que escolho fazer para ser mais consistente e alinhado?

São perguntas importantes que podem mudar radicalmente nosso modo vida e trazer uma paz interior instantânea e duradoura.

Nossos atos e palavras são o que as pessoas observam e escutam. Eles precisam estar alinhados com os valores que escolhemos. E não tenha dúvida que estarão, se nossos corações e mentes realmente acreditarem nesses valores.

Uma vez identificados os valores individuais e devidamente alinhados com ações e pensamentos, podemos visualizar o que queremos no futuro. É a fase de definição de nosso objetivo. Essa definição dever ser concisa, em uma frase curta, mas abrangente o suficiente para englobar nossos valores.

Quando procuramos viver alinhados com nossos valores, significa que trabalhamos na direção de nosso objetivo. Pensamos, sentimos e agimos de forma consistente.

Nossa comunicação com os outros é clara, consistente e menos complicada devido à conexão entre nossas ações e nossos valores.

Inevitavelmente nos sentimos confiantes, confiáveis, mais alegres e menos estressados.

Viver nos tempos atuais significa ter que lidar com constantes e rápidas mudanças.

Não há duvida que essas mudanças sejam inevitáveis, a única escolha que temos é a de querer ou não influenciar essas mudanças.

Planejamento pessoal com base em valores individuais é uma maneira de preparar para influenciar essas mudanças.


Leve na mala seus valores verdadeiros.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Marco - Metafísica bombando!

Hoje é um marco de reconhecimento do poder do querer e do achar-se merecedor.
Em fevereiro de 2007, recém nascido Hoffmaniano, eu vagava pelo carnaval do Rio feliz da vida nos bloquinhos da cidade, com meus amigos e com a carta de intenções que tinha escrito na Serra da Moeda ainda crescendo na fôrma antes de levar ao forno.

A carta cresceu e virou manifesto. Veio o Pan 2007 e os planos foram ficando mais audazes.

A [C21+logo.bmp] nasceu em 02 de janeiro de 2008, desfilei no Salgueiro como planejado (mas não acreditei o suficiente) e o escritório ficou pronto exatamente no dia e local que imaginamos (e olha que nem conhecíamos o local onde seria). Adotei como um de meus valores a audácia : “o planejamento pode ser minucioso, mas a execução deve ser audaciosa”.


Leve na mala audácia.